Dinamarquês da Rahal é o piloto mais consistente entre os novatos.
Além da disputa do título da IndyCar Series que esta polarizadas entre os pilotos da Penske e Chip Ganassi, a Indy tem um campeonato paralelo que é muito tradicional nos Estados Unidos, o Rookie of the year, ou, traduzindo para o nosso português, Novato do ano.
Esse campeonato a parte começou a temporada com seis pilotos na disputa, no entanto, a colombiana Tatiana Calderón já estava fora antes mesmo da disputa iniciar, pois a piloto da AJ Foyt não disputaria as provas em ovais, que são cinco, isso sem contar que a Indy500 vale pontuação dobrada. Só aí já estaria trinta pontos com defasagem de seus rivais, pois só por largar cada piloto garante pelo menos cinco pontos pelo último lugar. E claro, a colombiana deixou a categoria na metade da temporada devido a problemas de pagamento de patrocínios da ROKiT junto a equipe Foyt.
Sobraram então cinco pilotos de fato. Muitos apostavam em Kyle Kirkwood para levar o título de novato do ano, já que ele foi campeão de todas as categorias de acesso do programa Road To Indy e tido como uma das maiores promessas do automobilismo dos Estados Unidos depois do sucesso de Josef Newgarden.
Com o fraco desempenho da equipe AJ Foyt, Kyle acumulou maus resultados e não foi protagonista em nenhum momento no campeonato para disputar o título de novato do ano contra seus rivais, tanto que nesse momento ele é quinto colocado, a frente apenas de Tatiana Calderón. O melhor resultado do norte-americano na Indy foi um 10º lugar em Long Beach.
Já Devlin DeFrancesco correndo com o melhor equipamento entre os novatos por estar na Andretti Autosport, acumula uma série de fracassos e batidas em sua temporada de estreia. Seu melhor resultado foi na segunda prova de Iowa com a 15ª posição. Também em nenhum momento lutou por algo concreto. Recebeu muitas críticas dos pilotos por acidentes que poderiam ser evitados.
Callum Ilott que fez três provas no ano passado pela Juncos continuou no time do argentino Ricardo Juncos e mostra evolução a cada prova. Bateu na Indy500 e acabou ficando fora da prova seguinte em Detroit. Mesmo com uma prova a menos que os demais, ainda é o terceiro no campeonato dos novatos. Em cinco oportunidades conseguiu levar o carro #77 ao Fast12 na classificação e conseguiu um oitavo lugar no IndyGP, seu melhor resultado no ano.
O estreante Davi Malukas da Dale Coyne é uma das gratas surpresas da IndyCar em 2022. Por cinco vezes levou o carro #18 da equipe entre os dez melhores no grid e tem dois Top10 na temporada. Esta a frente de seu companheiro time, o veterano Takuma Sato. Malukas é de fato o único que pode tirar o título de novato do ano do dinamarquês Lundgaard.
Após fazer uma prova no IndyGP no ano passado pela Rahal, o dinamarquês foi contratado para a temporada completa 2022 e 2023 da IndyCar pela mesma Rahal. Vindo da Fórmula 2, o ex piloto da academia da Alpine na F1, optou por focar na Indy e faz um ano muito bom pelo equipamento que a Rahal vem oferecendo ao seu trio de pilotos.
Com uma temporada abaixa das expectativas na primeira metade do ano, o time comandado por Bobby Rahal teve uma melhora nas últimas provas, e com isso, Christian Lundgaard se mostrou mais competitivo e adaptado ao carro #30. Em duas oportunidades, Christian conseguiu levar o carro da Rahal ao Fast6, único do time a conseguir tal feito. Também foi o único de sua escuderia a conseguir um pódio com o segundo lugar no GallagherGP em Indianápolis. E vale lembrar que no time Rahal tem os experientes Graham Rahal e Jack Harvey. Além do pódio, soma outros cinco Top5 no ano. Esta em 15º na classificação geral do campeonato apenas nove pontos atrás de Graham Rahal.
Faltando apenas três eventos para o final da temporada, sendo um em oval e os outros dois em pistas mistas, são 162 pontos em jogo. A diferença entre Christian Lundgaard e David Malukas é de 41 pontos. Com o desempenho obtido pelo dinamarquês nas últimas provas, é difícil imaginar uma reação de Malukas nas provas finais. No entanto, é importante lembrar que David Malukas venceu tanto em Saint Louis, quanto em Portland pela Indy Lights em 2021.
O próximo Grande Prêmio a ser realizado no circuito de Madison, o World Wide Technology Raceway será determinante para a diferença de Lundgaard ser ampliada, ou para David Malukas entrar de vez na briga com relação ao título de novato do ano.