Não é especulação. É fato! O futuro dos motores da Indycar Series será na configuração dos híbridos. Contudo, a data de sua implementação se encontra sob fortes questionamentos neste momento.
Marshall Pruett, um dos nomes mais respeitados dentre aqueles que respiram a categoria, afirma que as duas montadoras atuais, Honda e Chevy, se encontram com seus modelos híbridos bem desenvolvidos. Mas, isso não bastou para que os primeiros treinos a serem realizados com esses propulsores fossem já adiados.
Era intensão da categoria levar dois modelos, um de cada fabricante, para a pista já no inicio de março em Sebring, onde foram feitos os testes de pré temporada deste ano. Mas há verificações de atrasos com fornecedores de estruturas complementares do carro. Com isso, já acredita-se que as primeiras voltas dos novos motores possam ocorrem em Barber no mês de abril.
As equipes mais cotadas para iniciar o desenvolvimento de pista do novo regulamento seriam McLaren e Penske pela Chevy, Andretti e Ganassi pela Honda. Até este ponto, não há surpresa nenhuma e seria uma condição relativamente segura a se seguir. O problema é que fontes afirmam que a unidade de recuperação de energia dos novos propulsores, que serão fabricadas na Alemanha, podem gerar mais um atraso, estando elas disponíveis somente para o mês de junho.
Sabe-se também que para a instalação destes novos equipamentos vários outros acessórios precisam passar por melhoramentos e/ou adaptações, tais como caixa de câmbio, célula de combustível, transmissão, bocais de reabastecimento, radiadores, dutos de resfriamento, entre outros. Ou seja, quando um dos fornecedores apresenta uma dificuldade com datas previstas, uma cadeia de outros atrasos se estabelece.
Olhando o calendário da Indy na temporada 2022 e percebendo como tais processos se dão, devemos sim ficar preocupados. A janela do inicio do mês de março era fundamental para identificação de problemas e resolução dos mesmos. Após o GP do Texas, a Indycar entra numa verdadeira maratona de eventos e as datas possíveis para testes e adequações ficam cada vez restritas.
Sendo assim, já existe uma movimentação dentro da categoria e uma das fabricantes de motores, não sabemos qual, já articula um pedido de adiamento do novo regulamento de motores para 2024. Além disso, a Toyota, por meio de uma de suas marcas associadas, teria um tempo mais realista para entrar nessa nova era de motores. Tal solução evitaria riscos desnecessários, sobrecarga de atividades para as equipes no decorrer do atual campeonato e até mesmo adição de custos não antes previsto.
Nos próximos dias muitas perguntas serão feitas e, de cá, esperamos que respostas mais concretas sobre o futuro da categoria sejam dadas. O primeiro evento do ano é uma vitrine a ser explorada neste sentido. Ficamos no aguardo.